Eneatipo 5: um breve resumo para ajudar na auto-observação

Identificado com o Ego:

O QUE TEME EXPRESSAR OS SENTIMENTOS

Distante, indiferente, exilado, cínico e hiper racional

Breve descrição: Seu maior medo é ser incapaz de se relacionar emocionalmente com os outros. Tudo o que tem relação com sentimentos, bem como contato físico, incomoda e sobrecarrega. Geralmente é distante, reservado e um tanto eremita. Tende a se fechar em sua solitude, focando em seu mundo teórico e intelectual. Acumula informações e conhecimentos sem se sentir pronto para agir. Tem receio em enfrentar a realidade, principalmente quando surgem compromissos emocionais com outras pessoas.

Ferida de nascimento: Sensação de não ser capaz.

Principais padrões de comportamento inconsciente do ego:

  • Na presença de outras pessoas, especialmente estranhos, desconecta-se de suas emoções e sentimentos;
  • Reúne e acumula informações sem se sentir pronto para agir: pode se tornar um teórico com medo de enfrentar a realidade;
  • As necessidades e demandas emocionais dos outros o perturbam. Prefere ficar sozinho em seu universo racional e intelectual (onde se sente mais confortável e seguro);
  • Muito reservado e distante. Geralmente não compartilha o que sente, mas fala sobre o que pensa;
  • Pode economizar em afeto e carinho;
  • Evita se envolver e se comprometer, especialmente emocionalmente.

Memórias da infância: Incapacidade de se relacionar. Na infância tiveram sua privacidade invadida, pois a família era intrometida demais e/ou receberam pouco carinho e proximidade afetiva. Aprenderam a se desligar dos sentimentos para sobreviver. Sua capacidade de manifestar os sentimentos ficou subdesenvolvida.

Medo inconsciente: De ser ignorante e de ser incapaz de viver no mundo, de se expressar e de compartilhar sentimentos. Teme não atender às demandas emocionais dos outros e se refugia na solidão de seus pensamentos.

Visão limitada e distorcida do mundo:

O mundo tende a invadir as pessoas; preciso de privacidade e de solidão para proteger meus recursos e reabastecer a energia”.

“As pessoas querem mais de mim do que eu posso dar”.

“É melhor e mais seguro vivenciar minhas emoções quando estou sozinho (e não na presença das pessoas)”.

Vício emocional (paixão do ego): Avareza. Sensação emocional de que é preciso se retrair, apegar-se ao que tem e se proteger. Apego a vontade de saber, entender e conhecer para preencher o mundo emocional.

Vício mental (fixação): Economia. Pensamento fixado em controlar, organizar e planejar os próprios recursos por receio de que não haverá o suficiente se houver desperdício. Viver com menos, usar só o necessário. Áreas da vida que podem ser afetadas: espaço, tempo, dinheiro, energia, recursos materiais, palavras e emoções.

Mecanismo de defesa: Isolamento Emocional. Evita criar ligação afetiva profunda com os outros, prefere ficar no mundo conhecido, previsível e controlado pela razão.

Tentação: Conhecimento, saber e entender.

Armadilha: Avareza de conhecimentos e/ou recursos, necessidade de entender tudo com a mente, medo de ficar sem nada.

Conectado com o Ser:

DESAPEGO

Compreensivo, sábio, objetivo, inteligente, curioso e inovador

Qualidade essencial: Recuperando o contato com o Ser, entra em contato com sua qualidade essencial: o desapego. Consegue se vincular e se comprometer com as pessoas ao seu redor preservado sua liberdade e independência emocional.

  • Pioneiro, perceptivo, inovativo;
  • Participando do mundo;
  • Entendimento profundo das coisas;
  • Explorando a realidade com os olhos de uma criança;
  • Percebe a impermanência da vida: alegria de estar no mundo e com vontade de abraçá-lo, porque é temporário e transitório, porque tudo é impermanente;

Grande aprendizado de vida: Parar de racionalizar e passar à ação, envolvendo-se e se comprometendo.

Desafio psicológico: Como vou adquirir conhecimento se paro de racionalizar e passo a agir?

Objetivo: Perceber que há abundância de recursos suficientes para suportar a vida. É o “estar engajado com a vida” que irá lhe prover recursos, nutrientes e energia (e não o quanto você sabe sobre ela). Vão deixando de ser pessoas desconectadas com a vida, isoladas física e emocionalmente, contidas e fechadas para o dar e receber. Tornam-se pessoas com o coração aberto, deixam fluir energia para dentro e para fora, intensos nas relações, voltados a se conectar com tudo e todos não só através do conhecimento, mas também através das experiências.

Em auto-observação você deve criar um espaço interno para perceber seus pensamentos, sentimentos e ações rotineiras. Preste atenção nas tendências de:

  • Perceba de que maneiras acumula tempo, recursos ou espaço privado por medo da escassez;
  • Perceba como você se desliga das suas emoções. Perceba o momento em que se desliga de alguém que lhe desperta emoções ou como racionaliza seus sentimentos (optando por adiar as emoções para vivê-las com estiver sozinho);
  • Observe como se distancia por necessidade de controlar as situações e por medo de exigências externas.

Sempre que identificar um padrão, questione-se:

Por que isto habita de mim? De onde vem? Qual necessidade mais profunda estou tentando atender através de padrão? Agir/pensar/sentir assim me ajuda ou me atrapalha?

Quando houver tomada de consciência, experimente novas atitudes e crie novas possibilidades.

Com carinho, Monique

OBS: O conteúdo aqui compilado é um resumo criado a partir das obras de Beatrice Chestnut, Borja Vilasceca, Domingos Cunha, Nicolai Cursino e Urâneo Paes, bem como de meus atendimentos e cursos. Meu profundo respeito e agradecimento a esses professores que nos ensinam tanto.

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