Identificado com o Ego:
O QUE TEME EXPRESSAR OS SENTIMENTOS
Distante, indiferente, exilado, cínico e hiper racional
Breve descrição: Seu maior medo é ser incapaz de se relacionar emocionalmente com os outros. Tudo o que tem relação com sentimentos, bem como contato físico, incomoda e sobrecarrega. Geralmente é distante, reservado e um tanto eremita. Tende a se fechar em sua solitude, focando em seu mundo teórico e intelectual. Acumula informações e conhecimentos sem se sentir pronto para agir. Tem receio em enfrentar a realidade, principalmente quando surgem compromissos emocionais com outras pessoas.
Ferida de nascimento: Sensação de não ser capaz.
Principais padrões de comportamento inconsciente do ego:
- Na presença de outras pessoas, especialmente estranhos, desconecta-se de suas emoções e sentimentos;
- Reúne e acumula informações sem se sentir pronto para agir: pode se tornar um teórico com medo de enfrentar a realidade;
- As necessidades e demandas emocionais dos outros o perturbam. Prefere ficar sozinho em seu universo racional e intelectual (onde se sente mais confortável e seguro);
- Muito reservado e distante. Geralmente não compartilha o que sente, mas fala sobre o que pensa;
- Pode economizar em afeto e carinho;
- Evita se envolver e se comprometer, especialmente emocionalmente.
Memórias da infância: Incapacidade de se relacionar. Na infância tiveram sua privacidade invadida, pois a família era intrometida demais e/ou receberam pouco carinho e proximidade afetiva. Aprenderam a se desligar dos sentimentos para sobreviver. Sua capacidade de manifestar os sentimentos ficou subdesenvolvida.
Medo inconsciente: De ser ignorante e de ser incapaz de viver no mundo, de se expressar e de compartilhar sentimentos. Teme não atender às demandas emocionais dos outros e se refugia na solidão de seus pensamentos.
Visão limitada e distorcida do mundo:
“O mundo tende a invadir as pessoas; preciso de privacidade e de solidão para proteger meus recursos e reabastecer a energia”.
“As pessoas querem mais de mim do que eu posso dar”.
“É melhor e mais seguro vivenciar minhas emoções quando estou sozinho (e não na presença das pessoas)”.
Vício emocional (paixão do ego): Avareza. Sensação emocional de que é preciso se retrair, apegar-se ao que tem e se proteger. Apego a vontade de saber, entender e conhecer para preencher o mundo emocional.
Vício mental (fixação): Economia. Pensamento fixado em controlar, organizar e planejar os próprios recursos por receio de que não haverá o suficiente se houver desperdício. Viver com menos, usar só o necessário. Áreas da vida que podem ser afetadas: espaço, tempo, dinheiro, energia, recursos materiais, palavras e emoções.
Mecanismo de defesa: Isolamento Emocional. Evita criar ligação afetiva profunda com os outros, prefere ficar no mundo conhecido, previsível e controlado pela razão.
Tentação: Conhecimento, saber e entender.
Armadilha: Avareza de conhecimentos e/ou recursos, necessidade de entender tudo com a mente, medo de ficar sem nada.
Conectado com o Ser:
DESAPEGO
Compreensivo, sábio, objetivo, inteligente, curioso e inovador
Qualidade essencial: Recuperando o contato com o Ser, entra em contato com sua qualidade essencial: o desapego. Consegue se vincular e se comprometer com as pessoas ao seu redor preservado sua liberdade e independência emocional.
- Pioneiro, perceptivo, inovativo;
- Participando do mundo;
- Entendimento profundo das coisas;
- Explorando a realidade com os olhos de uma criança;
- Percebe a impermanência da vida: alegria de estar no mundo e com vontade de abraçá-lo, porque é temporário e transitório, porque tudo é impermanente;
Grande aprendizado de vida: Parar de racionalizar e passar à ação, envolvendo-se e se comprometendo.
Desafio psicológico: Como vou adquirir conhecimento se paro de racionalizar e passo a agir?
Objetivo: Perceber que há abundância de recursos suficientes para suportar a vida. É o “estar engajado com a vida” que irá lhe prover recursos, nutrientes e energia (e não o quanto você sabe sobre ela). Vão deixando de ser pessoas desconectadas com a vida, isoladas física e emocionalmente, contidas e fechadas para o dar e receber. Tornam-se pessoas com o coração aberto, deixam fluir energia para dentro e para fora, intensos nas relações, voltados a se conectar com tudo e todos não só através do conhecimento, mas também através das experiências.
Em auto-observação você deve criar um espaço interno para perceber seus pensamentos, sentimentos e ações rotineiras. Preste atenção nas tendências de:
- Perceba de que maneiras acumula tempo, recursos ou espaço privado por medo da escassez;
- Perceba como você se desliga das suas emoções. Perceba o momento em que se desliga de alguém que lhe desperta emoções ou como racionaliza seus sentimentos (optando por adiar as emoções para vivê-las com estiver sozinho);
- Observe como se distancia por necessidade de controlar as situações e por medo de exigências externas.
Sempre que identificar um padrão, questione-se:
Por que isto habita de mim? De onde vem? Qual necessidade mais profunda estou tentando atender através de padrão? Agir/pensar/sentir assim me ajuda ou me atrapalha?
Quando houver tomada de consciência, experimente novas atitudes e crie novas possibilidades.
Com carinho, Monique
OBS: O conteúdo aqui compilado é um resumo criado a partir das obras de Beatrice Chestnut, Borja Vilasceca, Domingos Cunha, Nicolai Cursino e Urâneo Paes, bem como de meus atendimentos e cursos. Meu profundo respeito e agradecimento a esses professores que nos ensinam tanto.