Identificado com o Ego:
O QUE NECESSITA DE ATENÇÃO
Dramático, egocêntrico, desequilibrado, invejoso, complexo e melancólico
Breve descrição: Quer ser percebido pelos outros e, para tentar compensar seu complexo de inferioridade, pode esforçar-se para passar a impressão de uma pessoa única, especial e diferente. Quando se compara geralmente considera que lhe falta “algo” para ser feliz e para levar uma vida equilibrada. Mergulha na comparação, na tristeza e na melancolia. Fala muito sobre suas próprias emoções e sentimentos. No entanto, muitas vezes se sente incompreendido e sofre altos e baixos emocionais frequentes.
Ferida de nascimento: Sensação de ser inferior. Sensação ter sido abandonado.
Principais padrões de comportamento inconsciente do ego:
- A hipersensibilidade faz dele uma pessoa com altos e baixos contínuos (como se vivesse em uma montanha-russa emocional permanente);
- Devido ao seu caráter rebelde, é geralmente considerado o “estranho” ou mesmo a “ovelha negra” da família. Sente-se mal compreendido;
- Tende a falar constantemente sobre questões relacionadas as suas emoções e ao seu mundo interior;
- Compara-se com outras pessoas;
- Não gosta de situações e de pessoas comuns, superficiais ou vulgares (tudo tem que ser “especial e diferente).
Memórias da infância: Abandono, dor de ter se sentido preterido, abandonado, inferior e banal. Na infância sentiram-se abandonadas e incompreendidas pelos pais. Não puderam contar com espelhamento de características e qualidades. Sensação de não pertencer àquela família.
Medo inconsciente: De não ter uma identidade especial e ser considerado comum. Por isso se fecha tanto em si mesmo e se apega a suas emoções, sentimentos e fantasias sobre o que poderia ser.
Visão limitada e distorcida do mundo:
“Os outros têm algo que me falta: o que há de errado comigo?”
“Minha intensidade é o que me faz especial”.
Vício emocional (paixão do ego): Inveja/Hipersensibilidade. Como se sente inferior e vive se comparando com os outros, acredita que os outros têm aquilo que lhe falta e daí nasce a inveja.
Vício mental (fixação): Melancolia (doce tristeza). Cria histórias de apego aos sentimentos sobre algo que não está mais aqui e agora.
Mecanismo de defesa: Introjeção / Sublimação artística. Os sentimentos não são expressos diretamente, mas por símbolos e rituais. Encena sua vida como uma obra de arte, fantasiando cenas onde é o centro das atenções para se sentir amado.
Tentação: Autenticidade (ser original). Quer ser “ele mesmo” e marcar a diferença. Pode correr o risco de, quanto mais se esforçar para ser autêntico, mais egocêntrico se tornar.
Armadilha: Melancolia. Apego à doce alegria de estar triste, à dramatização do sofrimento e ao excesso de comparação.
Conectado com o Ser:
EQUANIMIDADE
Criativo, original, profundo, sensível, equilibrado e introspectivo
Qualidade essencial: Recuperando o contato com o Ser, entra em contato com sua qualidade essencial: a equanimidade, por meio da qual vive de forma estável e equilibrada.
- Altamente intuitivos e criativos;
- Combinando autopercepção e introspecção com perseverança e força emocional;
- Partilhando as sutilezas do seu coração e do seu mundo com as pessoas;
- Esforçando-se para ser verdadeiro consigo mesmo;
- Resgatam o melhor em si e nos outros;
- Capacidade de lidar com qualquer emoção sem se apegar a ela e sem rejeitá-la;
- Mergulho nas profundezas de suas águas internas e abertura para a quietude;
- Sem drama, sem dificuldade.
Grande aprendizado de vida: Ver a si mesmo como verdadeiramente é, deixando de se esforçar para ser único e especial a fim de que lhe queiram.
Desafio psicológico: Como vão me enxergar se eu deixar de sofrer, se deixar de expressar tudo de forma tão intensa e passar a viver de forma equilibrada?
Objetivo: Perceber que, no momento presente, nós somos completamente inteiros (não há perda de nenhum ingrediente em qualidade essencial, estamos interconectados e somos um com a Vida). Vão deixando de serem pessoas com humor oscilante, dramáticos, que se comparam demais e que vivem as emoções com intensidade exagerada. Tornam-se pessoas mais calmas e não tão intensas assim (coração mais estável e não tão sujeito aos sentimentos e pensamentos), equânimes. Percebem que não possuem mais defeitos que os outros e por isso ser quem são não exige esforço.
Em auto-observação você deve criar um espaço interno para perceber seus pensamentos, sentimentos e ações rotineiras. Preste atenção nas tendências de:
- Aceitar e perpetuar crenças negativas sobre si mesmo a ponto de se fechar para os outros (para o amor e a bondade) com receio de ser abandonado. Perceba se você se sente único, especial e superior para compensar uma crença mais profunda de inadequação;
- Fugir de agir e lidar com as verdadeiras causas do seu sofrimento, por apego as emoções, apego ao sofrimento e apego aos pensamentos negativos sobre quem você é;
- Focar no que está faltando, permanecer concentrado no passado e desvalorizar o que está acontecendo agora, jogando fora o lado bom das situações e dos relacionamentos.
Sempre que identificar um padrão, questione-se:
Por que isto habita de mim? De onde vem? Qual necessidade mais profunda estou tentando atender através de padrão? Agir/pensar/sentir assim me ajuda ou me atrapalha?
Quando houver tomada de consciência, experimente novas atitudes e crie novas possibilidades.
Com carinho, Monique
OBS: O conteúdo aqui compilado é um resumo criado a partir das obras de Beatrice Chestnut, Borja Vilasceca, Domingos Cunha, Nicolai Cursino e Urâneo Paes, bem como de meus atendimentos e cursos. Meu profundo respeito e agradecimento a esses professores que nos ensinam tanto.