Eneatipo 3: Um breve resumo para ajudar na auto-observação

Identificado com o Ego:

O QUE NECESSITA DE VALORIZAÇÃO

Vaidoso, narcisista, workaholic, camaleão

Breve descrição: A ferida desta personalidade está em não valorizar verdadeiramente a si mesmo. Acredita que, caso não se destaque, brilhe ou se sobressaia em algum ambiente, ninguém o levará em conta. Acredita que seu valor como ser humano depende de seus triunfos profissionais e do status social alcançado. Tenta se sobressair através da imagem, do êxito e do reconhecimento. Importa-lhe muito o que pensam as pessoas. Busca a admiração dos outros, muitas vezes fingindo ser algo que não é e, de tanto se esconder por trás de uma máscara, acaba esquecendo-se de ser quem verdadeiramente é. Torna-se ambicioso e competitivo, agindo como um camaleão para impressionar as pessoas com quem convive.

Ferida de nascimento: Sensação de não ser valioso.

Principais padrões de comportamento inconsciente do ego:

  • Acreditam que seu valor como pessoa depende, em grande parte, de seus sucessos profissionais e do status social alcançado;
  • Tentam projetar uma imagem de triunfo, mesmo quando não se sentem assim;
  • Tendência a cair no vício no trabalho, deixando de lado sua vida e seus relacionamentos pessoais;
  • Cativam a atenção dos outros exibindo um encanto pessoal bem calculado;
  • Às vezes pensam que, se não brilharem e não se destacarem, ficarão invisível aos olhos dos outros (praticamente deixando de existir).

Memórias da infância: Rejeição. Na infância foram valorizadas por conseguirem ser e fazer determinadas coisas extremamente bem. Perguntavam-lhes sobre desempenho e não sobre emoções. Internalizou que só vencedores são dignos de amor: “eu sou bom quando venço”.

Medo inconsciente: Ser considerado um fracassado. Teme não ter valor pelo que é, por isso se entrega com tanta determinação a suas metas profissionais. Acredita que quanto mais sucesso conseguir, mais valor e prestígio terá como pessoa.

Visão limitada e distorcida do mundo:

O mundo só valoriza os ganhadores, portanto vou tratar de triunfar a todo custo”.

“Como me apresento e o que tenho feito são elementos que comunicam às pessoas o que pensar e sentir sobre mim”.

Vício emocional (paixão do ego): Auto engano ou ilusão. Sentimento de que é o máximo e de que, de fato, é o personagem que criou. Molda-se e adapta-se para então chamar atenção e criar impacto. Engana a si mesmo escondendo sentimentos reais de medo do fracasso. Não tem desejo de profundidade (de buscar a verdade nas coisas), enquanto a superficialidade funcionar. “Verdadeiro é o que funciona, o que gera resultado”.

Vício mental (fixação): Vaidade. Artimanhas mentais para autopromoção e para impressionar os outros por meio de imagem, títulos, sucesso e resultados. A vaidade como uma ilusão de si mesmo, passando uma imagem que não corresponde ao que sente. Assim, acaba iludindo também os outros.

Mecanismo de defesa: Identificação. Comporta-se do modo que os outros esperam e gostam, porque isso garante que será aceito por eles.

Tentação: Eficiência (competência). Para garantir a eficiência, reprime sentimentos e emoções e é capaz de passar por cima de princípios, valores e até de pessoas.

Armadilha: Vaidade, necessidade de aparecer e de expor seus êxitos.

Conectado com o Ser:

AUTENTICIDADE

Honesto, valioso, eficiente, resolutivo, admirável e networker

Qualidade essencial: Recuperando o contato com o Ser, entra em contato com sua qualidade essencial: a autenticidade. Mostra-se como é sem se limitar ao que as pessoas pensam.

Grande aprendizado de vida: Valorizar a si mesmo pelo que é (e não pelo que tem ou pelo que consegue realizar).

Desafio psicológico: Como vão me valorizar se eu deixar de impressionar as pessoas e simplesmente me mostrar como sou?

Objetivo: Perceber que o amor vem pelo que eu sou e não pelo que eu faço; Vão deixando de ser pessoas de fazer, fazer, fazer, que adotam personagens e adaptam-se ao que se espera deles, para se tornarem apenas quem são, sentindo que têm valor por simplesmente existirem. Se tornam mais receptivos e menos ativos.

  • Desenvolvem autoestima genuína;
  • Acreditam em si mesmos;
  • Concretizam grandes projetos guiados pelo coração e pelo amor;
  • Amam a si mesmos sem competir com mais ninguém;
  • Resgatam o melhor em si e nos outros;
  • Manifestam externamente o que verdadeiramente sentem no coração;
  • Há coerência entre o que diz, fala e faz e isso vem como um fluxo natural do coração.

Em auto-observação você deve criar um espaço interno para perceber seus pensamentos, sentimentos e ações rotineiras. Preste atenção nas tendências de:

  • Priorizar tarefas e objetivos de trabalho. Seja honesto consigo mesmo sobre o quão longe consegue ir e o que é capaz de fazer para de obter vitória e ser o melhor;
  • Apresentar-se de maneiras que não estão alinhadas com seus reais sentimentos apenas para se adequar a imagem que os outros esperam de você;
  • Estar sempre em movimento e não desacelerar para evitar que sentimentos mais profundos venham à tona.

Sempre que identificar um padrão, questione-se:

Por que isto habita de mim? De onde vem? Qual necessidade mais profunda estou tentando atender através de padrão? Agir/pensar/sentir assim me ajuda ou me atrapalha?

Quando houver tomar consciência, experimente novas atitudes e crie novas possibilidades.

Com carinho. Monique

OBS: O conteúdo aqui compilado é um resumo criado a partir das obras de Beatrice Chestnut, Borja Vilasceca, Domingos Cunha, Nicolai Cursino e Urâneo Paes, bem como de meus atendimentos e cursos. Meu profundo respeito e agradecimento a estes mestres que nos ensinam tanto.

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