Identificado com o Ego:
O QUE TEME TOMAR DECISÕES
Medroso, cheio de dúvidas, preocupado, ansioso e pessimista
Breve descrição: A dificuldade dessa personalidade está em não confiar em si mesmo. São frequentemente tomados por medo e ansiedade relacionados a potenciais problemas futuros. Vivem em constante estado de alerta para não serem pegos desprevenidos. Por sentirem-se inseguros, tendem a se preocupar com o pior que pode acontecer a cada momento. Então buscam segurança e certezas absolutas.
Ferida de nascimento: Sensação de não poder confiar em si mesmo.
Principais padrões de comportamento inconsciente do ego:
- É geralmente cheio de contradições e dúvidas e pode sofrer fortes tormentos mentais. Questiona-se com frequência “e se isso acontecer?”.
- Quando toma uma decisão importante, geralmente explora todas as opções e realiza todos os tipos de pesquisas com as pessoas mais confiáveis.
- Tem dúvida entre seguir as figuras de autoridade (fazendo o que elas acreditam que deve ser feito) ou se rebelar (ousando seguir sua intuição).
Memórias da infância: Quando crianças não desenvolveram o sentimento de confiança na autoridade, sentiram que o apoio do pai era insuficiente (sem autoridade, sem confiabilidade, violentos, instáveis ou emocionalmente frios).
Medo inconsciente: De enfrentar situações adversas de forma imprevista e não estar capacitado para sair por conta própria.
Visão limitada e distorcida do mundo:
“Preciso obter proteção e segurança em um mundo não confiável, instável e perigoso”.
“Procurar certezas e reunir informações em um mundo instável é uma forma de me sentir seguro”.
Vício emocional (paixão do ego): Medo / Ansiedade. Medo aparece como uma paralisação, sensação de incapacidade perante os perigos e desafios. Adrenalina, aceleração da respiração e dos batimentos cardíacos, ansiedade diante do futuro inseguro.
Vício mental (fixação): Precaução / Antecipação. Desconfia, até que se prove o contrário. Procura reduzir o medo buscando informações, antecipando o futuro e tentando se precaver.
Mecanismo de defesa: Projeção. Tendência a projetar fora o que está sentido dentro. A dúvida em relação a si mesmo é projetada na desconfiança em relação ao outros. Os piores cenários são imaginados e justificados pelos noticiários (o que aumenta a tentativa de proteger-se de tudo e de todos).
Tentação: Buscar segurança em pessoas, autoridades, grupos, instituições, leis, normas, hierarquias, religiões e ideologias.
Armadilha: Recuar diante do desafio ou agir com impulsividade arrogante.
Conectado com o Ser:
CORAGEM
Valente, leal, nobre, fiel, confiável e seguro
Qualidade essencial: Quando se reconecta com o Ser, reconecta com sua qualidade essencial: a coragem. Atreve-se ser fiel a si mesmo, tomando decisões movidas pela sua intuição e por seus valores.
- Perseverante e confiável;
- Forte, comprometido e leal;
- Trata a todos e a si mesmo como iguais;
- Corajoso e autoconfiante: acredita nos outros e em si;
- Não se joga de forma desastrosa na direção daquilo pelo qual sente medo;
- Tem coragem de aparecer, de falar sua verdade, de encarar cada dia, de encarrar os riscos de viver sua verdade;
- Enxerga a realidade e dá o passo que é necessário ser dado (a fé é uma espécie de confiança interna).
Grande aprendizado de vida: Confiar em si mesmo e na vida, tomando suas próprias decisões e sendo sua própria referência.
Desafio psicológico: Como vou me sentir seguro se não pensar no pior que pode acontecer?
Objetivo: Perceber que podemos abraçar e suportar a vida sem duvidar ou desconfiar. Ir deixando de ser uma pessoa tomada pelo medo e pela procrastinação, que boicota o próprio sucesso focando no que pode dar errado. Tornar-se uma pessoa cheia de coragem que segue em frente – apesar do medo. Ter fé e percepção de que pode seguir adiante confiando no seu guia interior, assumir a própria autoridade e passar a enxergar a vida como uma missão ao bem maior.
Em auto-observação você deve criar um espaço interno para perceber seus pensamentos, sentimentos e ações rotineiras. Preste atenção nas tendências de:
- Observar, duvidar, testar e questionar (procurar perigos não traz a sensação de segurança tão desejada);
- Culpar pessoas e situações pela sua ansiedade ao invés de reconhecer seus próprios sentimentos e pensamentos;
- Agir no medo, ao invés de vivenciá-lo e atravessá-lo;
Sempre que identificar um padrão, questione-se:
Por que isto habita de mim? De onde vem? Qual necessidade mais profunda estou tentando atender através de padrão? Agir/pensar/sentir assim me ajuda ou me atrapalha?
Quando tomar consciência, experimente novas atitudes e crie novas possibilidades.
Com carinho, Monique
OBS: O conteúdo aqui compilado é um resumo criado a partir das obras de Beatrice Chestnut, Borja Vilasceca, Domingos Cunha, Nicolai Cursino e Urâneo Paes, bem como de meus atendimentos e cursos. Meu profundo respeito e agradecimento a esses professores que nos ensinam tanto.