Os arquétipos das deusas e sua influência na psique feminina

“ Uma vez que a mulher se torne consciente das forças que a influenciam,

ela obtém o poder que o conhecimento proporciona”.

Jean Shinoba Bolen

Arquétipos, padrões arraigados no inconsciente coletivo, moldam comportamentos e respostas emocionais inconscientes. Ao explorar e reconhecer diferentes arquétipos, torna-se evidente que alguns ressoam mais profundamente em você do que outros. Certamente, alguns mitos e histórias específicas tocam sua alma, talvez indicando a presença desses arquétipos ativos em seu psiquismo.

Esse fascinante estudo tem sido uma jornada reveladora para mim. Ao olhar para os principais arquétipos presentes em minha vida, venho aos poucos conseguido incorporar seus aspectos luminosos (anteriormente “ocultos e subaproveitados” em minha psique). Aos poucos sinto uma conexão mais íntima com as prioridades e as habilidades dessas estruturas inconscientes e compartilho essas reflexões na esperança de que também sejam enriquecedoras para você.

É relevante salientar que as ideias aqui apresentadas têm como fonte as obras de Jean Shinoda Bolen, embasadas na psicologia junguiana. Para nos auxiliar com o reconhecimento das distintas facetas do feminino, a autora destaca sete deusas gregas. Elas, por sua vez, estão categorizadas em três grupos específicos, refletindo diferentes modos de funcionamento psicológico da mulher: as deusas virgens, as deusas vulneráveis e a deusa alquímica.

As deusas virgens, Ártemis, Atenas e Héstia, personificam a independência e autossuficiência da mulher. Diferentemente de outras deusas, elas não desviam de seus objetivos por afetos emocionais, mantendo em si uma parte psicológica intocada.

As deusas vulneráveis, Hera, Deméter e Perséfone, representam os papéis tradicionais de esposa, mãe e filha, orientando-se para os relacionamentos. Seu bem-estar parece vinculado à existência de laços significativos.

Na categoria da deusa alquímica, encontramos Afrodite. Ela convoca a atração erótica, sensualidade, sexualidade, criatividade e renovação, motivando as mulheres a buscar intensidade nos relacionamentos, a se entregarem aos processos criativos e serem receptivas às mudanças.

Esta compreensão nos permite perceber que a realização para uma mulher pode não ter o mesmo significado para outra, dependendo do arquétipo predominante. Importante é também que a mulher não se restrinja a um único arquétipo, mas vivencie os diferentes aspectos das deusas em sua vida, construindo sua própria história.

Há uma série de textos neste blog detalhando mais sobre as dores e delícias de cada uma dessas figuras arquetípicas. Que sirvam como inspiração a fim de que mulher possa ser a protagonista de sua própria vida, escolhendo e vivenciando com autenticidade os distintos aspectos do feminino em si.

Com carinho (e inspirada pela Deusa), Monique

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